Por Cíntia Yoko Morioka e Eduardo Morteo Bastos
Equipamentos de proteção contra os agentes biológicos (e.g. Coronavírus / H1N1 / Tuberculose)
Nesta fase da pandemia o distanciamento social é a principal medida de mitigação do poder transmissivo da virose COVID-19. Entretanto, muitos profissionais que trabalham em setores essenciais acabam se expondo ao vírus. O uso de máscaras, face-shields ou óculos de proteção e luvas descartáveis têm sido medidas interessantes para reduzir a probabilidade de contaminação destes profissionais.
Países que culturalmente fazem uso correto e responsável de máscaras como barreiras para doenças respiratórias (resfriado ou gripe), tiveram um controle maior sobre a evolução da pandemia (e.g. Taiwan, Japão, Singapura).
Principais opções de máscaras disponíveis no comércio
Máscara caseira: é confeccionada em tecido de algodão ou de tecidos recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) com duas ou mais camadas. Esta máscara serve para evitar a proliferação de gotículas no ar produzidas pela pessoa saudável. Devido as características das tramas do tecido, esta máscara tende a reter uma quantidade pequena de gotículas expelidas por quem a usa e por isso não é aconselhado que pessoas doentes as usem. É importante que estes indivíduos usem as máscaras cirúrgicas ou PFF1/PFF2/PFF3.
As máscaras caseiras devem ser trocadas a cada 3 horas no máximo ou quando estiverem úmidas, caso contrário ela pode ser um vetor de doenças para quem a está utilizando.
Se você pretende usar este tipo de máscara, leve para o voo um número de máscaras que permita a sua troca a cada 3 horas de serviço. As que forem sendo utilizadas devem ser isoladas e higienizadas.
Máscara cirúrgica: confeccionada em TNT (Tecido Não Tecido), em camada dupla ou tripla, dependendo da sua gramatura. Ela garante maior proteção do que a máscara caseira, se utilizadas de forma correta. Deve ser trocada a cada 2 horas e são descartáveis. Tenha a quantidade correta delas para o tempo de trabalho que você for realizar.
Máscaras/respiradores PFF1, PFF2/N95, PFF3: são máscaras confeccionadas em várias camadas de (TNT). São os modelos que oferecem a maior proteção ao usuário. Entretanto, a procura por elas as tornaram escassas e muito caras.
Algumas características destas máscaras são:
PFF1: eficiência mínima de 80% (penetração máxima de 20%);
PFF2: eficiência mínima de 94% (penetração máxima de 6%);
PFF3: eficiência mínima de 99% (penetração máxima de 1%).
As máscaras industrializadas devem ter CA (Certificado de Autorização) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e certificação do INMETRO e ABNT. Estas informações podem ser encontradas nas caixas, invólucros do produto ou nas próprias máscaras.
O uso responsável deste equipamento de proteção poderá trazer consequências positivas para a mitigar o contágio do vírus entre aqueles que estão próximos de nós. Associar o seu uso com outros equipamentos ajuda ainda mais ao indivíduo a se proteger. Muitas empresas aéreas no exterior têm liberado ou fornecido óculos e face-shields aos seus tripulantes.
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