Como resultado prático do Projeto Fadigômetro, o Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA), presidido pelo CENIPA, solicitou formalmente à ANAC considerar os ensinamentos obtidos com a pesquisa na revisão do RBAC 117.
A decisão teve o respaldo da ampla maioria dos membros do CNPAA, expressado em votação durante sua 77ª Plenária, após a apresentação de dados relevantes do estudo sobre as causas raízes da fadiga e os fatores de risco associados na aviação regular brasileira.
As descobertas do Projeto Fadigômetro demonstraram grande potencial para contribuir com a revisão do referido instrumento regulatório, que define os limites prescritivos para as empresas que venham a possuir um Programa de Gerenciamento do Risco da Fadiga aprovado pela ANAC.
Além disso, também fornecem parâmetros para auxiliar na elaboração de ações preventivas, dar suporte à elaboração de escalas otimizadas e contribuir com a redução de ocorrências que impactam na segurança.
Resultados do Fadigômetro
Com dados coletados entre janeiro de 2019 e março de 2020 em uma amostra de 8476 escalas de voo da aviação regular, o estudo abordou as causas raízes da fadiga e os pesquisadores quantificaram os efeitos adversos das madrugadas e das operações com chegadas e saídas entre 2 e 6 da manhã.
Sobre o Fadigômetro
O Fadigômetro tem como objetivo a criação de um banco de dados sobre o estado de alerta das tripulações da aviação regular brasileira durante suas jornadas de trabalho, permitindo a propositura de métodos para a análise do risco da fadiga e estratégias para sua mitigação.
A pesquisa tem à frente as associações ABRAPAC, ASAGOL e ATL, conta com a participação da USP (Instituto de Biociências, Faculdade de Saúde Pública e Instituto de Física) e do ITA, e com o apoio da Azul Linhas Aéreas, CENIPA, CNFH e CNPAA.
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